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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Eco que vem do muro - Pricilla Camargo Diniz (A fada de olhos azuis)

Mortos vivos perambulam pelas ruas... Todos extasiados, seguindo o ritmo constante dos passos... Não sabem para onde ir... Não sabem pôr que vieram... Percorrem... Mas não têm respostas... Até mesmo pôr que eles não buscam pôr respostas... Apenas seguem... Nesse caso, o que vale é olhar... Olhar para os lados e perceber as múmias existentes... No compasso voraz da gula incessante Perco o sono e percebo, Percebo nuances nunca antes notada... E me vejo em volta... Em volta de gritos... Em volta de gemidos... Em volta de gozos, mas que não são gozos... São tentativas de tapar algum buraco, alguma lacuna... E que essa lacuna se fecha em si mesma A partir do momento que cessam as alternativas... Retraiu-me na constância de cavalgar entre meus pensamentos... E sonho dentro do muro... Esse muro que me cerca... Que te cerca e que nos cerca... Esse muro antes soldado, antes colado, Mas agora crescente dentro de mim... Que faz ecoar um grito... Um grito e um sussurro de desespero Pôr não querer estar nele